02/10/2013

PORTUGAL, legalizou, as complicações reduziram!


"O número de atendimentos por complicações de 'aborto ilegal' nos serviços de urgência diminuiu consideravelmente desde 2007", refere o documento que analisa os problemas associadas à interrupção da gravidez.

A média anual de atendimentos nos serviços de urgência, entre 2002 e 2007, por complicações ligadas ao aborto ilegal foi de 1.258, tendo descido para uma média de 241 entre 2008 e 2012.

Contudo, entre 2008 e 2012 há ainda que contar com as complicações registradas nas interrupções de gravidez dentro do quadro legal. Ainda assim, a média anual destes cinco anos fica abaixo dos 1.100 casos, e menor que a registrada antes da entrada em vigor da nova lei.

De acordo com os dados do relatório da Direção Geral da Saúde (DGS), também se notou uma redução do número de complicações mais graves, como infeção/septcemia e perfuração do útero.

Das oito mortes maternas registradas em 2011 e 2012 nas unidades de saúde que responderam ao questionário, nenhuma esteve associada à interrupção da gravidez, quer legal ou ilegal.

Aliás, estima-se, internacionalmente, que a mortalidade materna associada à interrupção da gravidez legal é de 0,32 em cada 100 mil nascimentos.

"A frequência de complicações comunicadas pelos serviços de saúde em 2011 e 2012 enquadra-se nos valores encontrados noutros centros internacionais", refere o relatório.

Para Teresa Bombas, da Sociedade Portuguesa de Contracepção, estes são indicadores positivos e mostram que a nova lei da interrupção voluntária da gravidez trouxe vantagens na diminuição da morbidade e dos problemas do aborto clandestino.

No Dia Mundial da Contracepção, a especialista adianta que os números em Portugal mostram que há 209 interrupções da gravidez por cada 100 mil nados vivos, dados abaixo da média europeia.

Internacionalmente, estima-se que, todos os anos, mais de 41% dos 208 milhões de gravidezes em todo o mundo não sejam planejadas, o que significa que mais de 80 milhões de mulheres têm filhos não desejados ou planejados.

Em nível mundial, dois milhões de adolescentes com menos de 15 anos e 16 milhões com idade entre os 15 e os 19 anos são mães anualmente.

Dados que são hoje divulgados pelas entidades organizadoras do Dia Mundial da Contracepção indicam que mais de metade das mulheres em idade reprodutiva nos países desenvolvidos querem evitar a gravidez.

Em Portugal, segundo Teresa Bombas, 65% das mulheres em idade fértil recorrem a contracepção oral (pílula) para não engravidar e as gravidezes na adolescência têm vindo progressivamente a diminuir.

Os desafios da contracepção serão debatidos na sexta-feira e no sábado por profissionais de saúde e investigadores, numa reunião da Sociedade Portuguesa da Contracepção que ocorrerá na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Acesse o PDF: Complicações associadas a abortos com redução significativa em Portugal (RTP Notícias - 26/09/2013)   

fonte: Agência de Notícias Patrícia Galvão 


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SUA SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!


Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais.


Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.

A falta de acolhimento por parte do corpo de profissionais de saúde na rede pública, somadas ao medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existente, faz com que muitas dentre nós saiamos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas.

Sem orientação adequada algumas acham que só desenvolvem câncer de útero mulheres quem têm relações heterossexuais, deixando de prestar atenção a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.

Temos necessidade de efetivar o plano nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, sejam lésbicas, bissexuais, transexuais ou heterosexuais.

No consultório médico não entra o preconceito e ali TODAS SÃO BEM VINDAS!

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Principais Resultados da Pesquisa

  • Pesquisa revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso “politicamente correto” de não discriminação.

  • No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.

  • As mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.

  • A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas lésbicas porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da fidelidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.

  • Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitados (tecnicamente) para abordar o assunto.

  • Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e práticas sexuais.
  • O Resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bissexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explícita e um silêncio de ambas as partes que afasta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.

  • As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de camisinhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não retornem ao consultório médico.


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