Ações querem pressionar a saída do ministro da Saúde por suas atitudes de censura a campanhas e sintonia com setores conservadores
Organizações não governamentais com trabalho em Aids e outras patologias estão lançando a campanha "Vai pra casa Padilha". O movimento manifesta sua insatisfação com a gestão do atual ministro Alexandre Padilha. As ONGs reclamam das ações conservadoras do ministro como o veto ao material direcionado a adolescentes sobre sexualidade e saúde reprodutiva e a recente suspensão da campanha direcionada a prostitutas. Os manifestantes também indicam os "retrocessos" na atual gestão como o investimento em comunidades terapêuticas de orientação religiosa no tratamento de usuários de crack, em detrimento a política de redução de danos e a falta de autonomia do Departamento de DST Aids na definição de estratégias voltadas a populações vulneráveis.
"Já cansamos de reclamar, pedir audiências, manifestar nossa contrariedade e participar de reuniões sem solução, com esta gestão e esta política fica impossível tratar a saúde publica com qualidade e respeito", afirma Rodrigo Pinheiro do Fórum de ONG Aids de São Paulo.
Segundo o ativista o número de ONGs com trabalho em Aids tem diminuído devido a falta de apoio governamental. A diminuição de editais e de recursos destinados às ações de prevenção tem se refletido na diminuição do trabalho das organizações. "Desta forma poderemos ter uma ampliação dos casos de Aids, principalmente entre as populações vulneráveis dificilmente acessadas pelos serviços do Estado", analisa.
O movimento pretende a adesão de outros segmentos sociais como grupos de movimentos LGBT, mulheres, negros e outros e demais segmentos com atuação junto a pacientes de hepatites virais, tuberculose e Hanseníase entre outros. " Vamos nos dirigir diretamente a presidente Dilma pedindo uma nova forma de gestão no Ministério da Saúde e uma nova equipe mais aberta ao diálogo e sem pretensões políticas eleitoreiras, " explica Rodrigo. Também estão previstas ações nas redes sociais e manifestações nos diversos estados, além da elaboração de um documento a ser direcionado a presidente Dilma Rouseff.
Contatos
Fórum de ONG Aids de São Dstaidssp Sms São Paulo
Fórum de ONG Aids Rio Grande do Sul
GESTÃO DE RETROCESSOS
Área mais mal avaliada do Governo Federal
A Saúde é a área mais mal avaliada do Governo Federal . Pesquisas de opinião mostram que saúde é a área de atuação do governo atual que obtém pior avaliação da população. Segundo o mais recente levantamento feito pelo Ibope, por exemplo, 67% dos entrevistados desaprovam o desempenho da presidente no setor e somente 30% o aprovam.
Ações de assistência insatisfatórias
Há clara falta de profissionais de saúde o que se reflete no atendimento tardio das consultas e na impossibilidade de atendimento de casos novos. Da mesma forma, não se encontram soluções para quem tem necessidade de cirurgias reparadoras.
Ações de prevenção se mantêm estacionadas em realidades ultrapassadas.
Há urgência de se repensar novas práticas e estratégias como a efetiva implementação de novas tecnologias como a PEP (profilaxia pós-exposição sexual) que não tem acontecido, bem como mais discussão sobre a PrEP (profilaxia pré exposição). Também a carência de insumos de prevenção, sobretudo o destinado à população feminina, é uma difícil realidade em vários estados, como também o comprometimento de estados e municípios na aquisição destes insumos. Há necessidade de repensar a logística de distribuição a partir da esfera federal até municipal.
Censura a Materiais
No início de 2012, o MS recuou da campanha de carnaval que seria lançada com foco nos jovens gays para a prevenção da Aids no Carnaval. No último mês de março, a pasta, por determinação do governo, havia mandado recolher um kit de prevenção de Aids dirigido a adolescentes. O material abordava temas como homossexualidade, drogas e gravidez. Agora foi a vez do veto a material direcionado a prostitutas.
Exoneração do Diretor
A demissão do diretor do Departamento Nacional, Dirceu Greco, por ter promovido a campanha direcionada as prostitutas foi mais um gesto de truculência e descompromisso do ministro com as populações vulneráveis.
Organizações não governamentais com trabalho em Aids e outras patologias estão lançando a campanha "Vai pra casa Padilha". O movimento manifesta sua insatisfação com a gestão do atual ministro Alexandre Padilha. As ONGs reclamam das ações conservadoras do ministro como o veto ao material direcionado a adolescentes sobre sexualidade e saúde reprodutiva e a recente suspensão da campanha direcionada a prostitutas. Os manifestantes também indicam os "retrocessos" na atual gestão como o investimento em comunidades terapêuticas de orientação religiosa no tratamento de usuários de crack, em detrimento a política de redução de danos e a falta de autonomia do Departamento de DST Aids na definição de estratégias voltadas a populações vulneráveis.
"Já cansamos de reclamar, pedir audiências, manifestar nossa contrariedade e participar de reuniões sem solução, com esta gestão e esta política fica impossível tratar a saúde publica com qualidade e respeito", afirma Rodrigo Pinheiro do Fórum de ONG Aids de São Paulo.
Segundo o ativista o número de ONGs com trabalho em Aids tem diminuído devido a falta de apoio governamental. A diminuição de editais e de recursos destinados às ações de prevenção tem se refletido na diminuição do trabalho das organizações. "Desta forma poderemos ter uma ampliação dos casos de Aids, principalmente entre as populações vulneráveis dificilmente acessadas pelos serviços do Estado", analisa.
O movimento pretende a adesão de outros segmentos sociais como grupos de movimentos LGBT, mulheres, negros e outros e demais segmentos com atuação junto a pacientes de hepatites virais, tuberculose e Hanseníase entre outros. " Vamos nos dirigir diretamente a presidente Dilma pedindo uma nova forma de gestão no Ministério da Saúde e uma nova equipe mais aberta ao diálogo e sem pretensões políticas eleitoreiras, " explica Rodrigo. Também estão previstas ações nas redes sociais e manifestações nos diversos estados, além da elaboração de um documento a ser direcionado a presidente Dilma Rouseff.
Contatos
Fórum de ONG Aids de São Dstaidssp Sms São Paulo
Fórum de ONG Aids Rio Grande do Sul
GESTÃO DE RETROCESSOS
Área mais mal avaliada do Governo Federal
A Saúde é a área mais mal avaliada do Governo Federal . Pesquisas de opinião mostram que saúde é a área de atuação do governo atual que obtém pior avaliação da população. Segundo o mais recente levantamento feito pelo Ibope, por exemplo, 67% dos entrevistados desaprovam o desempenho da presidente no setor e somente 30% o aprovam.
Ações de assistência insatisfatórias
Há clara falta de profissionais de saúde o que se reflete no atendimento tardio das consultas e na impossibilidade de atendimento de casos novos. Da mesma forma, não se encontram soluções para quem tem necessidade de cirurgias reparadoras.
Ações de prevenção se mantêm estacionadas em realidades ultrapassadas.
Há urgência de se repensar novas práticas e estratégias como a efetiva implementação de novas tecnologias como a PEP (profilaxia pós-exposição sexual) que não tem acontecido, bem como mais discussão sobre a PrEP (profilaxia pré exposição). Também a carência de insumos de prevenção, sobretudo o destinado à população feminina, é uma difícil realidade em vários estados, como também o comprometimento de estados e municípios na aquisição destes insumos. Há necessidade de repensar a logística de distribuição a partir da esfera federal até municipal.
Censura a Materiais
No início de 2012, o MS recuou da campanha de carnaval que seria lançada com foco nos jovens gays para a prevenção da Aids no Carnaval. No último mês de março, a pasta, por determinação do governo, havia mandado recolher um kit de prevenção de Aids dirigido a adolescentes. O material abordava temas como homossexualidade, drogas e gravidez. Agora foi a vez do veto a material direcionado a prostitutas.
Exoneração do Diretor
A demissão do diretor do Departamento Nacional, Dirceu Greco, por ter promovido a campanha direcionada as prostitutas foi mais um gesto de truculência e descompromisso do ministro com as populações vulneráveis.
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