04/06/2013

E aqui no Rio Grande do Sul, qual são as nossas reais condições? Fica a pergunta!


Em Teresina, segundo entidades negras, essa necessidade é gritante

logo saude populacao negra

As políticas públicas voltadas para mulheres negras ainda são uma necessidade dessa parcela da população, que não se sente totalmente contemplada pelas políticas universalistas.

Dentre as principais necessidades estão as de programas voltados para a saúde delas, já que elas são mais vulneráveis a determinadas doenças. Em Teresina, segundo entidades negras, essa necessidade é gritante.

Para discutir o assunto e outros voltados à população negra feminina, está sendo realizado, nesse final de semana, o I Seminário Estadual de Mulheres Negras e Saúde.

Doenças como diabetes tipo 2, anemia falsiforme, hipertensão arterial e câncer de colo do útero, por exemplo, são mais comuns em mulheres negras do que em brancas. Por causa disso e de outras particularidades dessa etnia, elas pedem ações voltadas especificamente para as mulheres.

Iraneide Soares da Silva, da Instituição da Mulher Negra do Piauí, afirma que se iniciaram há pouco tempo algumas ações voltadas para tentar suprir essa lacuna, mas ainda é tudo muito incipiente, em Teresina.

"Pesquisas já comprovaram que as políticas públicas universalistas não contemplam de forma eficaz a mulher negra.

Essas doenças mais comuns em mulheres com essa cor de pele geralmente são descobertas tardiamente e então o tratamento torna-se mais complicado, principalmente porque não há um tratamento pensado de acordo com essa perspectiva da mulher negra.

Além disso, há a falta de políticas públicas em outros setores como segurança, por exemplo, que acaba chegando na questão saúde também", afirmou.

A enfermeira da coordenação da saúde da mulher da Secretaria Estadual de Saúde, Lourdes Helena, afirma que já começam a ser articuladas ações dentro da Sesapi com o objetivo de contemplar de forma mais efetiva essa parcela da população.

Dentre as ações a serem realizadas na secretaria está a inserção de conteúdos relativos à saúde da mulher negra na formação dos profissionais de saúde.

Além disso, foi criada a coordenação de equidades, que irá articular técnicas voltadas para mulheres negras, e foi feita ainda a implantação do Programa de Saúde da Família para a população quilombola.

 

Fonte: Meio Norte /Instituto Geledés 


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SUA SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!


Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais.


Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.

A falta de acolhimento por parte do corpo de profissionais de saúde na rede pública, somadas ao medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existente, faz com que muitas dentre nós saiamos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas.

Sem orientação adequada algumas acham que só desenvolvem câncer de útero mulheres quem têm relações heterossexuais, deixando de prestar atenção a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.

Temos necessidade de efetivar o plano nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, sejam lésbicas, bissexuais, transexuais ou heterosexuais.

No consultório médico não entra o preconceito e ali TODAS SÃO BEM VINDAS!

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Principais Resultados da Pesquisa

  • Pesquisa revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso “politicamente correto” de não discriminação.

  • No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.

  • As mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.

  • A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas lésbicas porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da fidelidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.

  • Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitados (tecnicamente) para abordar o assunto.

  • Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e práticas sexuais.
  • O Resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bissexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explícita e um silêncio de ambas as partes que afasta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.

  • As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de camisinhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não retornem ao consultório médico.


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