28/08/2013

29 de agosto - Dia da Visibilidade Lésbica

Saúde da Mulher Lésbica e Bissexual

A livre orientação sexual  é um direito fundamental de toda mulher!

Sentir atração afetiva e ou sexual por mulheres não é uma questão de opção ou de escolha, assim como as pessoas não são heterossexuais porque escolheram ser.

 A heterossexualidade  foi ensinada desde o berço , desde o nascimento a sociedade escolhe nosso sexo, não só através das cores das roupas que nos destinam: azul para os meninos e rosa  para as meninas.

A Homossexualidade não é doença, nem crime. Todas as pessoas tem o direito ao amor e, também, de escolher a pessoa que vai estar ao seu lado, independentemente, do sexo, da cor ou da religião. 

Então, quando procurar uma (um ) profissional de saúde, não tenha receio ou vergonha de falar sobre seus desejos e práticas sexuais, ela (ele) está lá para lhe ajudar, para tirar suas dúvidas e, para isso, precisa conhecer você.

Sua sexualidade deve ser vivida de acordo com o seu desejo, é seu direito ser bem tratada em qualquer atendimento nas Unidades Básicas de Saúde.

Para relembrar e anotar os cuidados necessários com a sua Saúde e a sua Vida!

1          Muitas patologias são decorrentes do sofrimento psíquico, resultado do preconceito referente a sexualidade.

2          DSTs podem ser transmitidas no contato com as secreções (orais, vaginais e orais).

3          O Câncer de Mama é mais frequente em mulheres que nunca amamentaram ou que tiveram o primeiro filho tardiamente, por exemplo: a partir dos 30 anos de idade.

4          O Câncer de Ovário é mais frequente em mulheres sem filhos e naquelas que nunca fizeram uso de anticoncepção oral.

5         As Mulheres LÉSBICAS E BISSEXUAIS, sofrem  violência conjugal , tanto quanto as mulheres heterossexuais.

6         A Lei Maria da Penha, está em vigor há 7 anos, a  violência doméstica, além de ser doença, é Crime.

7         Uma discriminação abre porta para outras, dessa forma, as mulheres negras e lésbicas, ou bissexuais enfrentam  discriminação e racismo em dobro. Denuncie.

8         Mais de um terço das lésbicas entre 22 e 52 anos de idade (dos casos notificados) já sofreu agressão por parte de suas parceiras, e o uso do álcool ou de outras drogas, esteve envolvido na maior parte desses incidentes.

9         Procure ajuda, no SUS, não é lugar de preconceito.

10     E para completar esta lista, anote o número da Escuta Lilás, 0800.5410803.

Claudete Costa
Membro da CISMU ( Comissão Intersetorial da Saúde da Mulher)
do CNS (Conselho Nacional da Saúde).
L B L - RS

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SUA SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!


Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais.


Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.

A falta de acolhimento por parte do corpo de profissionais de saúde na rede pública, somadas ao medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existente, faz com que muitas dentre nós saiamos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas.

Sem orientação adequada algumas acham que só desenvolvem câncer de útero mulheres quem têm relações heterossexuais, deixando de prestar atenção a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.

Temos necessidade de efetivar o plano nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, sejam lésbicas, bissexuais, transexuais ou heterosexuais.

No consultório médico não entra o preconceito e ali TODAS SÃO BEM VINDAS!

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Principais Resultados da Pesquisa

  • Pesquisa revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso “politicamente correto” de não discriminação.

  • No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.

  • As mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.

  • A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas lésbicas porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da fidelidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.

  • Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitados (tecnicamente) para abordar o assunto.

  • Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e práticas sexuais.
  • O Resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bissexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explícita e um silêncio de ambas as partes que afasta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.

  • As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de camisinhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não retornem ao consultório médico.


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