24/09/2014

Reunião da CISMU, BSB

Data: 18 e 19 de setembro de 2014

Horário: 09 às 18h

Local: esplanada dos ministérios bloco g sala 216 edifício sede/ministério da saúde – sgep/ms

 
ITEM 01 – ABERTURA DOS TRABALHOS E INFORMES DA COMISSÃO

 

 

ITEM 02- APROVAÇÃO DA MEMÓRIA DA 52ª REUNIÃO DA CISMU

 

 

ITEM 03 – COLETÂNEA DAS COMISSÕES DO CNS - 25 ANOS DO SUS E 15ª CONFERÊNCIA

 

 

1. Levar para reunião do pleno como proposta de avaliação/desafios para a 15ª Conferência Nacional de Saúde, além dos pontos de pauta debatidos anteriormente, os seguintes temas:

  • DST/AIDS
  • Mulheres Lésbicas
  • Mulheres com deficiência

 

 

2. Santinha – Articular com Maria Esther a respeito da contratação dos consultores para confecção da cartilha da CISMU via OPAS.

 

3. Rurany – Elaboração das justificativas que subsidiarão a elaboração do Termo de Referência para a OPAS.

 

ITEM 05 – ORGANIZAÇÃO DE ENCONTRO ENTRE A CISMU COM OS PARLAMENTARES

 

  1. Verificar com Alessandra quais os projetos de lei estão na ordem do dia, priorizando os seguintes:

 

  • Estatuto da Reprodução Humana
  • Estatuto da 1ª Infância
  • Estatuto da Família
  • Revogação da lei dos serviços de violência
  • Aborto direto (Artigo de revisão do código penal – aumento de pena)
  • Humanização no parto (Jean Willys)
  • Projeto que susta a resolução do Conselho Federal de Medicina
  • Todos os projetos do Eduardo Cunha

 

2. Realizar, até o dia 25 de outubro, o levantamento das deliberações referente à saúde da mulher realizada pelas Conferências Nacionais de Saúde e Conferência Nacional de Saúde da Mulher de acordo com a distribuição abaixo:

 

Luciana Silveira Bernardes / Monica de Abreu Piskac

8º e 9º Conferência Nacional de Saúde

Rurany Ester Silva

Conferência Nacional de Saúde da Mulher (1986)

Claudete Teixeira Costa

13ª e 14ª Conferência Nacional de Saúde

Maria das Vitórias

11ª Conferência Nacional de Saúde

 

 

ITEM 06 - ORGANIZAÇÃO DE ENCONTRO ENTRE A CISMU E O MINISTRO

Rurany- Enviar os pontos de pautas utilizados em audiência com o ministro para subsidiar a confecção da pauta da CISMU.

 

 

ITEM 07 – AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO – RAG

Convidar um representante da COFIN e da Área Técnica de Saúde da Mulher para participar da próxima reunião visando esclarecer pontos para a avaliação do Relatório Anual de Gestão.

 

 E a luta continua!

25 ANOS DE SUS!

Caminhando para a 15a Conferência Nacional de Saúde

 

 


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SUA SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!


Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais.


Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.

A falta de acolhimento por parte do corpo de profissionais de saúde na rede pública, somadas ao medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existente, faz com que muitas dentre nós saiamos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas.

Sem orientação adequada algumas acham que só desenvolvem câncer de útero mulheres quem têm relações heterossexuais, deixando de prestar atenção a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.

Temos necessidade de efetivar o plano nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, sejam lésbicas, bissexuais, transexuais ou heterosexuais.

No consultório médico não entra o preconceito e ali TODAS SÃO BEM VINDAS!

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Principais Resultados da Pesquisa

  • Pesquisa revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso “politicamente correto” de não discriminação.

  • No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.

  • As mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.

  • A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas lésbicas porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da fidelidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.

  • Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitados (tecnicamente) para abordar o assunto.

  • Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e práticas sexuais.
  • O Resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bissexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explícita e um silêncio de ambas as partes que afasta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.

  • As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de camisinhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não retornem ao consultório médico.


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