13/08/2011

Revista de Saúde Sexual e Reprodutiva - Julho | Agosto 2011


Já está disponível na web a edição número 53 da Revista de Saúde Sexual e Reprodutiva AADS | Ipas Brasil. Acesse a edição completa no endereço: http://www.aads.org.br/revista/agosto11.html
Abaixo você encontrará o Editorial com links para algumas seções da revista.
Para ter acesso às publicações anteriores, acesse "Revista Eletrônica 2011" no site AADS | Ipas Brasil no endereço: http://www.aads.org.br

Editorial
A partir desse mês de agosto [1], após a a nomeação do substituto da ministra Ellen Gracie e a volta do ministro Joaquim Barbosa, que está de licença médica [2], está prevista a inclusão na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54 (ADPF-54) apresentada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde, que prevê a antecipação terapêutica do parto de fetos anencéfalos. Desde 2010, AADS | Ipas Brasil juntamente com um leque de parceiros vem apoiando ativamente as atividades do Grupo de Estudos do Aborto ( GEA) que conduziu uma série de Seminários que se desdobraram em matériais na mídia escrita e falada. Apresentamos aqui um documento técnico que, apoiando-se em evidências científicas, reúne bibliografia nacional e internacional visando qualificar o debate que o tema suscita na sociedade e entre os profissionais da saúde e da justiça. O texto apresenta os principais argumentos científicos que justificam um posicionamento favorável ao objeto da ADPF nº 54.
Além disso, contamos com os primeiros resultados do estudo realizado entre abril e maio de 2009 pelo Programa Inclusão Social da Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais (FLASCO) no Chile. O estudo (em espanhol) "Primera encuesta de opinión pública sobre el aborto en cuatro países de América Latina: Brasil, Chile, México y Nicaragua" teve como objetivo identificar as percepções, opiniões, conhecimentos e expectativas de diferentes atores sociais sobre o aborto. Em cada país, foram questionados, através de amostragem populacional, aproximadamente 1.200 homens e mulheres com idade superior a 18 anos, moradores de áreas rurais e urbanas. A população dos quatro países destacou a necessidade de uma maior abertura quanto ao debate e a participação dos cidadãos nas decisões de políticas públicas sobre o tema que se expressou numa demanda por tornar os marcos regulatórios sobre o aborto mais flexíveis do que aqueles que estão atualmente em vigor nesses países.
Para contribuir ainda mais com o debate que se aproxima no STF com relação a antecipação terapêutica do parto de fetos anencéfalos apresentamos ainda um texto sobre o assunto "A Anencefalia e o Supremo Tribunal Federal " assinado por Thomaz Rafael Gollop e José Henrique Torres, ambos membros do Grupo de Estudos sobre o Aborto (GEA).
Muito obrigada
Leila Adesse
AADS | IPAS BRASIL
[1] http://www.correiodoestado.com.br/noticias/stf-julgara-direito-a-aborto-de-anencefalos_115879/
[2] http://www.pernambuco.com/ultimas/nota.asp?materia=20110809114440&assunto=27&onde=Politica


Index:

GLOBAL
"Primera encuesta de opinión pública sobre el aborto en cuatro países de América Latina: Brasil, Chile, México y Nicaragua"
FLASCO-Chile 2009

BRASIL EM FOCO
"Anencefalia: argumentos técnico-científicos para subsidiar a discussão da ADPF nº 54 pelo STF
"
GEA - Grupo de Estudos sobre o Aborto 2010

DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS
"Balanço dos resultados da 44ª. Sessão da Comissão de População e Desenvolvimento de 2011"
Beatriz Galli - Ipas - Maio 2011

SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA
"Planejamento Familiar no Brasil – Uma Análise Crítica"
Antonio Luis Correa Pereira e Maria Antonieta Nunes de Ávila 2011

Revista de Saúde Sexual e Reprodutiva
AADS | IPAS BRASIL
Coordenação Editorial - Leila Adesse
Editoração - Alessandra Foelkel

Lésbicas Feministas LBL - Região Sul - www.lblrs.blogspot.com
3a. Jornada Lésbica Feministas e 5a. Marcha Lésbica de POA

Tema: Liberdade, Saúde e Autonomia - Chega de Violência e de Lesbofobia!
www.5marchalesbicadepoa.blogspot.com

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SUA SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!


Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais.


Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.

A falta de acolhimento por parte do corpo de profissionais de saúde na rede pública, somadas ao medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existente, faz com que muitas dentre nós saiamos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas.

Sem orientação adequada algumas acham que só desenvolvem câncer de útero mulheres quem têm relações heterossexuais, deixando de prestar atenção a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.

Temos necessidade de efetivar o plano nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, sejam lésbicas, bissexuais, transexuais ou heterosexuais.

No consultório médico não entra o preconceito e ali TODAS SÃO BEM VINDAS!

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Principais Resultados da Pesquisa

  • Pesquisa revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso “politicamente correto” de não discriminação.

  • No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.

  • As mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.

  • A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas lésbicas porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da fidelidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.

  • Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitados (tecnicamente) para abordar o assunto.

  • Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e práticas sexuais.
  • O Resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bissexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explícita e um silêncio de ambas as partes que afasta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.

  • As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de camisinhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não retornem ao consultório médico.


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