19/02/2015

NOTA

LIGA BRASILEIRA DE LÉSBICAS – LBL
Ainda sob o impacto da terrível notícia, do acidente fatal da nossa companheira Lurdinha Rodrigues e das militantes feministas, que com ela viajavam, Rosangela Rigo e Célia Maria, pedimos licença para externar a nossa dor.
Mais uma vez, o trânsito infernal, vitimou agora, em pleno Carnaval, nossas companheiras e com isso, se foram mais de 30 anos de construção, solidária, socialista e feminista.
Estamos do Norte ao Sul do País, juntando os cacos, que ainda sobraram e é preciso refazer os sentimentos, utilizar a razão, a racionalidade, mas neste momento, ainda é difícil!
Então, agradecemos todas as manifestações de carinho e de solidariedade, que o movimento social tem nos oferecido, nas redes sociais, nos telefonemas, nos recados deixados em nossas páginas, demonstrando que a nossa luta é uma só!
Replicamos aqui uma entrevista que ela concedeu, e que ainda, precisamos continuar na luta, por ela, por nós, por todas!
"A sigla LGBTs – lésbicas, gays, bissexuais, travestis,
transexuais e transgêneros – é afirmação e
conquista. Essa sigla só foi possível pelo esforço
dos movimentos homossexuais em tornar visível e
orgulhosa essa população.
Desde o ano 2000, há tentativas de incluir nas Convenções
Coletivas de Trabalho demandas LGBTs, sendo
a principal delas o enfrentamento das discriminações.
Em algumas categorias de trabalhadores houve mais
avanços do que em outras, mas ainda falta muito. As
empresas também precisam perceber que as lésbicas
sofrem uma discriminação dupla: por serem mulheres
e por serem homossexuais. Também é bem-vinda
uma atenção especial às travestis, aos transexuais e
transgêneros, ainda bastante marginalizados."
Fonte: Revista Incluir
Lurdinha Rodrigues, Articuladora Nacional da LBL
LURDINHA RODRIGUES, Presente!
Articulação Nacional da LBL
Brasil
16 de fevereiro de 2015

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SUA SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!


Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais.


Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.

A falta de acolhimento por parte do corpo de profissionais de saúde na rede pública, somadas ao medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existente, faz com que muitas dentre nós saiamos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas.

Sem orientação adequada algumas acham que só desenvolvem câncer de útero mulheres quem têm relações heterossexuais, deixando de prestar atenção a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.

Temos necessidade de efetivar o plano nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, sejam lésbicas, bissexuais, transexuais ou heterosexuais.

No consultório médico não entra o preconceito e ali TODAS SÃO BEM VINDAS!

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Principais Resultados da Pesquisa

  • Pesquisa revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso “politicamente correto” de não discriminação.

  • No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.

  • As mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.

  • A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas lésbicas porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da fidelidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.

  • Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitados (tecnicamente) para abordar o assunto.

  • Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e práticas sexuais.
  • O Resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bissexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explícita e um silêncio de ambas as partes que afasta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.

  • As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de camisinhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não retornem ao consultório médico.


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