12/11/2014

13% dos portadores de HIV são mulheres, diz pesquisa Atitude Abril

(M de Mulher, 07/11/2014) Mais de 718 mil pessoas são portadoras de HIV e cerca de 20% delas não sabem que são soropositivas. Os dados são da pesquisa Atitude Abril: Aids – Desinformação Tem Cura*, que também revela: 13% dos portadores de HIV são mulheres.

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Ao responder perguntas simples sobre o conhecimento a respeito de HIV e aids, o comportamento sexual dos brasileiros e as barreiras que ainda precisamos ultrapassar para aumentar o controle do problema, 54% das mulheres ouvidas contam que já fizeram o teste de HIV: 41% porque o médico pediu. 59% das que nunca fizeram o exame declaram ter certeza de que não têm o vírus e 58% nunca exigiram que o parceiro fizesse o teste. No total, 14% admitem que dispensam o preservativo durante as relações sexuais - por confiarem em seus parceiros ou ainda por acreditarem que a camisinha diminui o prazer.

Entre as mulheres soropositivas, o preconceito, o sonho da maternidade e o medo de adoecer entram na lista de preocupações futuras. 63% das ouvidas contaram que mantinham relacionamento quando descobriram ser portadoras de HIV e 1/4 possui filhos e pouco mais da metade pretende ter.

Os casos de HIV também estão aumentando entre as pessoas acima dos 50 anos – dobraram na última década. As razões são conhecidas: longevidade, volta da vida sexual ativa, remédios de disfunção erétil e a falta de preocupação em usar preservativo. Entretanto, o quadro mais preocupante está no público jovem – de 16 a 24 anos -, com aumento da taxa de incidência desde 2006. De acordo com João Ricardo de Abrahão, Assessor da Presidência da Abril Mídia, em nota de apresentação da pesquisa, esta geração está se descobrindo sexualmente e não viu a explosão da aids nas décadas anteriores e nem seus amigos, familiares e ídolos morrerem por causa da doença. Em meados dos anos 2000, devido aos antirretrovirais, a taxa de mortalidade caiu e a aids passou a ser uma doença invisível. A atual realidade brasileira, no entanto, nos reflete uma realidade alarmante no país: a falta de prevenção gera 39 mil novos infectados por ano, e a falta do diagnóstico prévio, 12 mil óbitos.

Por que as mulheres estão mais expostas à doença?

A mulher é, sim, mais vulnerável a contrair o vírus do ponto de vista biológico, já que fica mais tempo em contato com o esperma dentro da vagina. O sêmen ainda pode ser encontrado no colo do útero de 24 a 48 horas após a relação. O coito anal é mais traumático e a transmissão se dá com maior facilidade nas relações sexuais.

Prevenir é essencial

Para se proteger da aids é preciso usar camisinha. Se você fez sexo sem preservativo e está muito preocupada, a recomendação é fazer o teste anti-HIV. Os testes estão disponíveis no Sistema Único de Saúde e nos Centros de Testagem e Aconselhamento de todo o país. Para saber o posto mais perto de sua casa, acesse o site do Ministério da Saúde ou ligue para 156.

* Na etapa quantitativa, foram ouvidas 15.002 pessoas. 53% homens e 43 % mulheres das cinco regiões brasileiras. A iniciativa Atitude Abril tem como objetivo a disseminação de mensagens de prevenção e informações sobre a epidemia de AIDS dentro do Grupo Abril e a seus leitores, assim como combater a discriminação e estigma que as pessoas que vivem com o HIV enfrentam.

Aline Gomiero

Acesse no site de origem: 13% dos portadores de HIV são mulheres, diz pesquisa Atitude Abril (M de Mulher, 07/11/2014)



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SUA SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!


Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais.


Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.

A falta de acolhimento por parte do corpo de profissionais de saúde na rede pública, somadas ao medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existente, faz com que muitas dentre nós saiamos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas.

Sem orientação adequada algumas acham que só desenvolvem câncer de útero mulheres quem têm relações heterossexuais, deixando de prestar atenção a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.

Temos necessidade de efetivar o plano nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, sejam lésbicas, bissexuais, transexuais ou heterosexuais.

No consultório médico não entra o preconceito e ali TODAS SÃO BEM VINDAS!

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Principais Resultados da Pesquisa

  • Pesquisa revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso “politicamente correto” de não discriminação.

  • No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.

  • As mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.

  • A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas lésbicas porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da fidelidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.

  • Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitados (tecnicamente) para abordar o assunto.

  • Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e práticas sexuais.
  • O Resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bissexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explícita e um silêncio de ambas as partes que afasta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.

  • As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de camisinhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não retornem ao consultório médico.


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