31/10/2015

Saúde divulga diretrizes para atendimento a vítimas de violência sexual


(Min. Saúde, 19/10/2015) As unidades hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) se preparam para realizar a coleta de informações e de vestígios de vítimas de violência sexual. O Ministério da Saúde publicou  a portaria nº 1.662 que traz os critérios de habilitação de serviços da rede pública para darem suporte às vitimas desse tipo de violência. As unidades habilitadas poderão realizar o registro de informações em ficha de atendimento multiprofissional até a coleta e armazenamento provisório do material para possíveis encaminhamentos legais. A medida reduz a exposição da pessoa que sofreu a violência, evitando que as vítimas sejam submetidas a vários procedimentos.

Os exames serão feitos em estabelecimentos hospitalares, classificados como serviços de Referência para Atenção Integral às Pessoas em Situação de Violência Sexual, que contarão com equipes compostas por enfermeiros, médicos clínicos e especialistas em cirurgias, psicólogo clínico, hospitalar, social e do trabalho, assistentes sociais e farmacêuticos. Os profissionais serão capacitados para atender vítimas de agressão sexual por meio de força física (estupro), abuso sexual e casos relacionados a abuso sexual envolvendo crianças, dentro ou fora de casa.

Leia a íntegra no Portal Compromisso e Atitude: Saúde divulga diretrizes para atendimento a vítimas de violência sexual (Min. Saúde, 19/10/2015) 

30/10/2015

SAÚDE, faz bem!


LBL - 12 Anos


Combate e Controle do Câncer

INCA, RJ
Oficina Nacional  "Combate e Controle do Câncer"
23,24 e 25 de outubro de 2013
Liga Brasileira de Lésbicas
Inca, RFS, Opas, Movimento Social

27/10/2015

MUDANÇA NO ATENDIMENTO A VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL

CCJ aprova mudança no atendimento a vítimas de violência sexual
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (21), o Projeto de Lei 5069/13, do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que modifica a Lei de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Lei 12.845/13). Houve muita divergência entre os deputados - o resultado final foi de 37 votos a favor contra 14.
A polêmica é que essa lei prevê como deve ser o atendimento a mulheres que foram vítimas de estupro. Parlamentares discutiram, por exemplo, se o profissional de saúde deve ou não dar informações à vítima sobre seu direito ao aborto, e se a mulher deve ou não ser obrigada a fazer um exame de corpo de delito. A CCJ decidiu manter o direito à informação, mas introduziu a obrigatoriedade de registro de ocorrência e exame de corpo de delito.
Além de modificar a lei, a proposta também torna crime uma prática que hoje é uma contravenção - o anúncio de meios ou métodos abortivos - e pune como crime quem induz, instiga ou auxilia num aborto, com agravamento de pena para profissionais de saúde, que podem chegar a ser detidos por 1 a 3 anos.
Apesar de a proposta não tratar diretamente das hipóteses de aborto permitidas no Brasil, o debate sobre o tema foi o pano de fundo da reunião, com o plenário cheio de manifestantes carregando cartazes antiaborto. "Nós viemos aqui para defender a vida;  punir quem de forma covarde faz anúncio ou induz alguém a fazer aborto é uma medida justa para coibir esse crime", defendeu o relator da proposta, deputado Evandro Gussi (PV-SP).
Mudanças
Gussi modificou seu relatório para diminuir a resistência ao texto, mas ainda houve bastante polêmica. Ele voltou atrás e deixou na lei a expressão de que as mulheres devem conhecer seus direitos ao serem atendidas no serviço de saúde. Gussi argumentava que o direito à informação não precisa estar em nenhuma lei, pois já é garantido, mas a bancada feminina contestou essa tese e disse que é importante que as vítimas saibam sobre seu direito à pílula do dia seguinte, e ao aborto caso o estupro resulte em gravidez.
O relator acatou a sugestão das deputadas para não simplesmente excluir da lei o termo "profilaxia da gravidez". Os médicos ouvidos pela comissão disseram que profilaxia se refere a um procedimento que impeça o desenvolvimento de uma condição, mas Gussi entende que o termo profilaxia está ligado a doenças, e não poderia ser usado em relação à gravidez. O próprio governo havia mandado o PL 6022/13, trocando a expressão "profilaxia" por "medicação com eficiência precoce para prevenir gravidez", utilizada pelo relator com modificação: "procedimento ou medicação, não abortivos, com eficiência precoce para prevenir gravidez resultante de estupro".
Gussi também introduziu uma ressalva, uma espécie de cláusula de consciência, de que nenhum profissional de saúde ou instituição poderá ser obrigado a administrar procedimento ou medicamento que considere abortivo.
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) elogiou o esforço de Gussi, e argumentou que o projeto já foi bem pior, com criminalização até mesmo de profissionais que auxiliassem no aborto "sob o pretexto de redução de danos". Para ela, o problema é que toda a proposta está escrita de forma que não é possível saber as reais consequências do texto. "Eu gostaria de ter certeza de que a mulher vai ser atendida pelo serviço de saúde, e não numa delegacia, porque é isso que preconizam todos os especialistas. Devemos votar essa proposta pensando nas vítimas", enfatizou.
Críticas
Para a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), a proposta piora uma conquista das mulheres, que é o atendimento humanitário em serviço de saúde. "A decisão sobre se ela quer ou não ir à delegacia deve ser da mulher; mas, depois de ter seu corpo vilipendiado, nenhuma mulher pode ser obrigada a fazer um exame de corpo de delito", declarou.
Além disso, a introdução da expressão "não abortivo" na lei não ficaria livre de consequências, porque grupos religiosos querem, após essa proposta, mudar o entendimento sobre a pílula do dia seguinte, para que ela seja considerada abortiva. "Ninguém aqui é idiota, eu sei que há essa discussão, de que a pílula pode impedir a nidação, mas estamos falando de uma mulher que, se ficar grávida, terá o direito ao aborto. Mais uma vez vamos punir as mulheres pobres, que não têm conhecimento dos seus direitose vão sofrer repetidamente", ressaltou a deputada.
Já a deputada Renata Abreu (PTN-SP) defendeu o relatório e disse que médicos lhe ofereceram a opção de abortar quando ela tinha 17 anos, e que esse tipo de apologia ao aborto é que precisa ser punido com maior dureza. "Eu não tinha condições de saber as consequências daquele ato, e essa não deve ser uma prática", disse.
Ainda assim, a deputada Erika Kokay (PT-DF) lembrou que a proposta também modifica o entendimento do que é violência sexual e estupro, para os efeitos da lei de atendimento às vítimas. Na lei, está expresso que violência é qualquer ato não consentido, mas a proposta delimita esse conceito ao que está definido no Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40). "Isso quer dizer que o entendimento hoje é de que a palavra da mulher vale, e é importante dizer que o atendimento deve acolher essas mulheres, e não desconfiar delas", defendeu a parlamentar.
Destaques 
Após a aprovação do texto, três 
destaques tentaram modificar a proposta. A maior discussão foi sobre o encaminhamento obrigatório das vítimas a uma delegacia e ao exame de corpo de delito. Embora o relator tenha retirado do texto uma parte que deu margem a críticas de que o exame de corpo de delito seria pré-requisito para o atendimento das vítimas, o texto foi criticado por colocar entre as obrigações do serviço de saúde o encaminhamento da vítima à delegacia. "Essa medida protege as provas e busca punir os agressores; não vemos razão para que seja retirada do texto", disse o deputado Marcos Rogério (PDT-RO).
Tramitação
A proposta segue agora para votação do Plenário da Câmara.
ÍNTEGRA DA PROPOSTA:
Reportagem - Marcello Larcher
Edição - Marcia Becker


Repercussão:

Para a Deputada Erika Kokay a proposta representa um Retrocesso.
"PL 5069 de Eduardo Cunha é aprovado. Projeto dificulta o atendimento as mulheres vítimas de violência sexual e criminaliza os profissionais de saúde que oferecem ajuda e informações a elas".

Na visão da Deputada Luiza Erundina... "Assistimos a mais um retrocesso para o currículo de Eduardo Cunha e, desta vez, penalizando mulheres vítimas de violência sexual".
A Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5069/13, de autoria do deputado Eduardo Cunha, que modifica a Lei de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (Lei 12.845/13).O texto prevê a possível proibição da pílula do dia seguinte para vítimas de estupro na rede pública, se ela for considerada abortiva.
Continua a Deputada.... "Mulheres terão de provar por meio de boletim de ocorrência e exame de corpo de delito a violência que sofreram com marcas físicas e/ou psicológicas. Ou seja, a vítima será novamente agredida ao ter que provar a violência sofrida. Essa alteração tornará mais difícil e humilhante para a vítima ser reconhecida enquanto tal".
O relator Evandro Gussi (PV-SP) também introduziu uma ressalva, uma espécie de cláusula de consciência, de que nenhum profissional de saúde ou instituição poderá ser obrigado a administrar procedimento ou medicamento que considere abortivo.
A vítima de estupro também não receberá tratamento preventivo contra gravidez e nem informações sobre seus direitos legais. Somado a tudo isso, caso uma equipe médica realize o aborto (no caso de uma gravidez decorrente do estupro), poderá ser condenada a até 3 anos de detenção."

O deputado Wadih Damous (PT-RJ) criticou a mudança e disse que essa exigência pode afastar as mulheres do atendimento, que é importante para identificação de agressores e proteção contra doenças. "Uma das medidas é oferecer a pílula do dia seguinte para evitar que a mulher precise fazer um aborto", disse.

O deputado Pastor Eurico (PSB-PE) defendeu o relatório, ressaltando que o aborto é uma questão muito séria e, por isso, precisa ser penalizado de forma grave. "Não se trata de criminalizar os médicos, mas de ir contra a indústria do aborto", explicou.

O deputado Padre João (PT-MG) criticou a proposta por considerar que os serviços de saúde podem, sim, ser criminalizados por procedimentos autorizados, como o aborto em caso de estupro. "Há parlamentares que parecem defender a vida apenas da concepção ao nono mês, sem se preocupar com as mães e as condições de vida", disse.


O projeto segue agora para votação no plenário.


24/10/2015

Estudo revela método para eliminar células que mantêm o HIV invisível para sistema imunológico


Um grupo de cientistas nos Estados Unidos descobriu um novo método para eliminar células nas quais o HIV permanece latente e invisível para o sistema imunológico e os remédios antivirais, revela um estudo publicado nesta terça-feira (20) pela revista britânica "Nature".
A pesquisa, desenvolvida pelo Instituto de Alergias e Doenças Infecções de Maryland, conseguiu "desenvolver especificamente" um novo anticorpo que futuramente pode reduzir o número de células que abrigam o vírus de imunodeficiência humana (HIV) em pacientes com diagnóstico positivo.
Em comunicado divulgado pela "Nature", os cientistas John Mascola e Gary Nabel afirmam que esse anticorpo ativa células nas quais o HIV permaneceu latente e, ao mesmo tempo, comanda as chamadas "células T" para que as destruam.
"Esse anticorpo é capaz de provocar a produção de proteínas do HIV por células infectadas com HIV extraídas de pacientes e isoladas, o que as torna visíveis, ou seja, um alvo mais fácil para as células imunológicas", explica o texto.
Esse tratamento, segundo os autores do estudo, foi bem aceito pelos macacos submetidos aos testes, o que indica que pode ser aplicado em testes médicos com humanos.
A erradicação do vírus que causa a aids ainda representa um desafio para os cientistas, pois o HIV pode permanecer "adormecido" e se instalar em "depósitos" de células com infecção latente.
Por esse motivo, a eliminação do HIV desses "depósitos" é um passo significativo para a erradicação total do vírus no corpo humano, destacam Mascola e Nabel.
"O anticorpo desenvolvido pode nos aproximar um pouco mais desse objetivo, mas sua efetividade em testes pré-clínicos aplicados em modelos animais e humanos ainda deve ser avaliada", afirmaram os pesquisadores. 
21/10/2015
Fonte: Agência Nacional de Prevenção à AIDS

20/10/2015

CANABIDIOL, deixou de ser ilegal



Adiretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deliberou por unanimidade na manhã desta quarta-feira (14/1) a retirada do canabidiol (CBD) da lista de substâncias proibidas no Brasil. O composto foi reenquadrado e incluído na lista C1 da Portaria 344/98, que reúne as substâncias reconhecidas e controladas pela agência. A decisão, que será publicada no Diário Oficial nos próximos dias, deve agilizar os pedidos de importação e também impulsionar os estudos científicos no país, além de estimular os profissionais da saúde a incluir o canabidiol como opção de tratamento quando necessário, já que não será mais considerado ilegal.

"É um dia importante porque colocamos dentro nos trilhos de uma discussão técnica e científica um assunto que muitas vezes vem contaminado por outras questões"
Jaime Oliveira, diretor-presidente da Anvisa

"É um dia muito importante porque colocamos dentro dos trilhos de uma discussão técnica e científica um assunto que muitas vezes vem contaminado por outras questões", declarou hoje a jornalistas Jaime Oliveira, diretor-presidente da Anvisa. Os quatro diretores da agência concluíram, com base em relatórios técnicos, que não existem evidências de que este canabinóide específico provoque dependência ou efeitos psicotrópicos, diferentemente do THC, que continua proibido. Ao contrário, a literatura médica tem destacado cada vez mais as propriedades terapêuticas do CBD, comprovadamente eficaz contra a epilepsia e outras patologias.

Até o momento não existem medicamentos à base de canabidiol desenvolvidos e registrados no Brasil – um laboratório estrangeiro entrou com o primeiro pedido de registro há um mês. A inexistência de produtos nacionais exige que os pacientes recorram ao mercado externo. Em um comunicado, a Anvisa afirmou que já recebeu 374 pedidos de importação, dos quais 336 foram autorizados. Depois de uma simplificação no processo em dezembro de 2014, o prazo médio de resposta era de quatro dias, tempo que deve cair para dois dias. A redução virá de uma nova medida regulatória, na qual a agência vai elaborar uma lista de remédios já familiares que terão a liberação previamente autorizada, sem necessitar de uma avaliação mais minuciosa de cada caso.

 

16/10/2015

JUDICIÁRIO X SAÚDE



O Poder Judiciário precisa de um maior aprofundamento nas decisões relacionadas à saúde brasileira. A opinião, expressada pelo conselheiro Arnaldo Hossepian durante o evento Diálogos Públicos, realizado na quinta-feira (15/10) pelo Tribunal de Contas da União (TCU), foi feita durante as discussões sobre o elevado número de processos judiciais referentes demandas de saúde no Brasil. "Estamos criando um SUS com duas portas", definiu o representante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

"O Judiciário não poderá ficar fora de uma questão tão candente como a saúde e a vida. No entanto, o avanço tecnológico pede que os magistrados se autocapacitem, buscando subsídios em instituições como universidades, os NATs [Núcleo de Assessoria Técnica], as instituições filantrópicas como o Centro Cochrane e a Conitec [Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS]. Nesse sentido, vários enunciados da II Jornada de Direito da Saúde apontam os caminhos", declarou o conselheiro. Ele citou como exemplo o enunciado 59, aprovado durante a II Jornada de Direito da Saúde, realizada em maio deste ano pelo CNJ, que orienta que as demandas por procedimentos, medicamentos, próteses, órteses e materiais especiais, fora das listas oficiais, devem estar fundadas na Medicina Baseada em Evidências.

Focos – A necessidade de argumentos mais técnicos nas decisões judiciais em ações de saúde também foi defendida pelo juiz de Direito da 2ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) Álvaro Luís Ciarlini, durante a palestra "Judicialização das políticas de saúde no Brasil". O magistrado apontou o que considera serem, atualmente, os pontos mais urgentes no tema, destacando questões como: problemas na prestação de serviço ambulatorial; problemas com a questão farmacêutica; a regulação de leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI); o atendimento fora de domicílio e no exterior; a concessão de órteses e próteses; a drogadição e saúde mental. Ele também citou questões relativas à atenção oncológica e dispensação de medicamentos em fase experimental; ao modelo de atenção dos hemofílicos (distúrbio hemorrágico congênito, caracterizado por uma desordem no mecanismo de coagulação do sangue); e a atenção às doenças sexualmente transmissíveis.

O coordenador do Núcleo de Saúde da Defensoria Pública do Distrito Federal, Celestino Chupel, que também participou do debate "Desafios da Judicialização", reforçou a importância do meio judicial na garantia do acesso da população mais carente aos serviços de saúde. "Hoje, já atendemos casos em que a pessoa pede a garantia de uma consulta. Não temos mais apenas os exames de alta complexidade", relatou. Na avaliação de Celestino Chupel, o aumento da judicialização da saúde é fruto da falta de organização do sistema. "O relatório quadrimestral de 2014 da Secretaria de Saúde do DF apontou a devolução de R$ 517 milhões (do orçamento da área), enquanto nós precisamos buscar a Justiça para garantir medicamentos, leitos e insumos para pacientes que têm o atendimento negado pelo Estado", rebateu.

O defensor, porém, destacou a necessidade da busca pela mediação entre o Estado e o cidadão que demanda seus direitos. "Dos 14.799 atendimentos realizados pelo Núcleo de Saúde da Defensoria Pública do DF neste ano, apenas 1.600 deram origem a ações judiciais. Nas demais, a solução foi encontrada por vias administrativas", relatou Chupel.

Estrutura – O elevado grau de judicialização levou o governo do estado do Rio de Janeiro a criar três estruturas próprias para lidar com a questão, buscando otimizar recursos e agilizar os atendimentos. O funcionamento do método foi apresentado pelo subsecretário Jurídico da Secretaria de Estado de Saúde fluminense, Delcy Linhares, também durante o debate "Desafios da Judicialização". Somente em 2014, o governo do Rio de Janeiro gastou R$ 47 milhões com atendimento judicializado, alcançando cerca de 39 mil pessoas. "O valor gasto foi o equivalente a apenas 1,5% do orçamento anual para a saúde, que era de R$ 4,5 bilhões. Isso nos mostra que a judicialização promove a proteção das minorias, a redução de desigualdades e a efetivação do direito à saúde, que são mandamentos constitucionais", defendeu o subsecretário.

No Rio de Janeiro, foram criados a Central de Atendimento à Demandas Judiciais (CADJ), que dá cumprimento às decisões judiciais; o Núcleo de Assessoria Técnica em Ações de Saúde (NAT), que fornece subsídios técnicos para magistrados e defensores; e a Câmara de Resolução de Litígios em Saúde, que, em um ano de funcionamento, já evitou que 6 mil novas ações fossem judicializadas no estado.

Iniciativa – A judicialização na saúde é acompanhada pelo CNJ desde 2009, quando foi realizada a primeira audiência pública no órgão para debater o tema. Desde então, o Conselho editou resoluções sobre o tema, criou o Fórum Nacional do Judiciário para monitoramento e resolução das demandas de assistência à saúde e passou a realizar as Jornadas de Direito da Saúde, em que são aprovados enunciados com informações técnicas para subsidiar os magistrados na tomada de decisões em ações judiciais sobre direito à saúde.


Waleiska Fernandes
Agência CNJ de Notícias

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Palavras-chave

12/10/2015

OUTUBRO

Você sabia que Mulheres Negras podem ter câncer de mama mais precoce do que as mulheres brancas, além de apresentar tumores mais agressivos que podem estar associado à maior taxa de mortalidade?A incidência do câncer de mama na pós menopausa é menor em MULHERES NEGRAS e hispânicas do que nas mulheres brancas, mas o índice de sobrevida é menor nas MULHERES NEGRAS pelo fato do diagnóstico estar sendo realizado em estágios mais avançados nessas mulheres (MORAES, 2000). Fonte: Instituto Nacional de Câncer. Atlas de mortalidade por câncer no Brasil 1979-1999. Rio de Janeiro: INCA; 2002.

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SUA SEXUALIDADE É ASSUNTO SEU, SUA SAÚDE É ASSUNTO NOSSO!


Mulheres lésbicas e bissexuais sentem-se inibidas em procurar ajuda do ginecologista. Revelar nossa intimidade num contexto social de enorme preconceito não é uma tarefa fácil. E ainda existe o medo do uso dos aparelhos (como o espéculo) para aquelas que não sofrem penetração nas suas relações sexuais.


Embora não seja possível estimar quantas vão aos consultórios, pois não existe a possibilidade de informação da orientação sexual no prontuário médico, apontamos para a falta de um espaço adequado para dialogarmos sobre nossas dúvidas e práticas sexuais.

A falta de acolhimento por parte do corpo de profissionais de saúde na rede pública, somadas ao medo da rejeição e ao preconceito efetivamente existente, faz com que muitas dentre nós saiamos dos consultórios com recomendações para usar pílulas anticoncepcionais ou camisinhas masculinas.

Sem orientação adequada algumas acham que só desenvolvem câncer de útero mulheres quem têm relações heterossexuais, deixando de prestar atenção a um fator de aumento de risco para aquelas que nunca tiveram uma gravidez e desconsiderando a necessidade de fazerem os exames e a prevenção de DSTs/AIDS.

Temos necessidade de efetivar o plano nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurar a assistência ginecológica de qualidade e atenção à saúde integral em todas as fases da vida para todas as mulheres, sejam lésbicas, bissexuais, transexuais ou heterosexuais.

No consultório médico não entra o preconceito e ali TODAS SÃO BEM VINDAS!

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Principais Resultados da Pesquisa

  • Pesquisa revela tensão, por parte dos médicos, entre a noção de homossexualidade como distúrbio hormonal ou doença psíquica e a necessidade de aderir a um discurso “politicamente correto” de não discriminação.

  • No caso das mulheres os dados indicam que a saúde em geral é um tema delicado porque envolve experiências de discriminação e expectativas de desconforto, particularmente em relação à consulta ginecológica.

  • As mulheres mais masculinas tendem a evitar os médicos, recorrendo aos serviços de saúde, em geral, apenas nas situações em que se percebem incapacitadas para o trabalho ou para realizarem atividades cotidianas.

  • A abordagem das questões de prevenção faz pouco sentido para as entrevistadas lésbicas porque elas não percebem riscos nas suas práticas sexuais. Além disso, o tema desperta tensões no que diz respeito ao imperativo da fidelidade conjugal e a própria afirmação de uma identidade lésbica.

  • Há um pacto de silêncio a respeito da homossexualidade: os profissionais não falam sobre este assunto por medo de invadir a privacidade ou discriminar as pacientes, ou simplesmente porque não se sentem capacitados (tecnicamente) para abordar o assunto.

  • Já as mulheres têm receio de serem tratadas com distinção e alimentam dúvidas quanto à necessidade dessa informação durante a consulta, o que as faz silenciar sobre sua orientação e práticas sexuais.
  • O Resultado disso é uma consulta impessoal, que não reconhece a diferença das mulheres lésbicas e bissexuais, com pacientes acuadas pelo medo da discriminação explícita e um silêncio de ambas as partes que afasta as mulheres lésbicas, sobretudo as mais masculinizadas dos consultórios do SUS.

  • As consultas não raro resultam em receitas de contraceptivos e indicação de uso de camisinhas masculinas, o que faz com que as mulheres, invisibilizadas, não retornem ao consultório médico.


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